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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Árvores sagradas


Árvores sagradas

As árvores são símbolos da vida, de contínua evolução, transformação e verticalidade. Representam o aspecto cíclico da evolução, morte e regeneração. Ligadas intimamente ao movimento da terra e aos quatro elementos da natureza, através de suas raízes sempre a explorar as profundezas da terra em busca de água; o ar da superfície com seu tronco e folhas, seu topo que corre atraído pela luz do céu.
Pelo fato de suas raízes mergulharem na terra, e de seus galhos
se elevarem aos céus, a árvore tem sua representação universal como símbolo de relação entre o céu e a terra. Por isso, tem o sentido de centro e tanto é assim que a árvore do mundo é sinônimo de eixo do mundo, por onde deuses, espíritos e almas transitam entre o céu e a terra.
São muitas as associações e símbolos que são destinados às árvores, dentre eles, o da fecundidade, onde em certas tribos nômades iranianas, as mulheres jovens enfeitam o corpo com a tatuagem de uma árvore, cujas raízes partem do sexo e cujas folhagens se espalham sobre os seios.
A abundância, nas lendas de “pais-árvores” e “mães-árvores”
conduz à árvore-ancestral, cuja imagem, desvinculou-se com o tempo do seu contexto mítico, transformando-se em nossos dias na árvore genealógica.


Acácia - Símbolo solar de renascimento, dando a ideia de iniciação e de conhecimento das coisas secretas. Na Índia, acredita-se que
a Acácia seja habitada por espíritos, sendo realizadas diversas oferendas e sacrifícios em troca de proteção. Diz-se, que a coroa de espinhos de Cristo teria sido trançada com espinhos de acácia.

Macieira - A maçã é simbolicamente representada, no caso do
pomo de ouro do Jardim das Hespérides, como os frutos da imortalidade. Trata-se, portanto, ora do fruto da Árvore da Vida, ora da Árvore do Conhecimento do bem e do mal.
Nas tradições celtas, a maçã é o fruto da ciência, da magia e da
revelação. A mulher do outro mundo, que vem buscar Condle, o filho do rei Conn, héroi das cem batalhas, lhe remete uma maçã que é suficiente para alimentá-lo durante um mês.


Bambu - Para os japoneses o bambu traz a boa sorte. Para os
Budistas, a pintura de bambu tem uma relação muito próxima com a caligrafia: é uma verdadeira linguagem, mas à qual tem somente acesso a percepção intuitiva.
Entre os nômades ianomames do sul da Venezuela é a partir do
bambu que se obtém o fogo. Para os seus vizinhos os iecuanas, é utilizado como instrumento musical sagrado, denominado de uana (clarineta), entendida em seu sentido mais amplo como a árvore cósmica ou árvore da vida.


Loureiro - Simboliza a imortalidade. Considerada a árvore das
virtudes apolíneas, significa as condições espirituais da vitória, a sabedoria unida ao heroísmo. Na África do Norte, para a tribo dos beni snus, usa-se uma vara de loureiro-rosa nas cerimônias sazonais. A escolha deste arbusto vem carregado de significados e virtudes purificadoras e de proteção.


Cedro - Os egípicios faziam embarcações, ataúdes e estátuas
de cedro; os hebreus, durante o reinado de Salomão, construíram em cedro o vigamento do Templo de Jerusalém. Haviam estátuas gregas e romanas feitas em madeira de cedro. Dessa madeira resinosa, os romanos também fizeram tochas olorosas; esculpiam as imagens de seus deuses e de seus ancestrais, que consideravam sagradas. Por vezes, Cristo é representado no centro de um cedro.


Coqueiro - Árvore sagrada ao norte da Itália, símbolo de fertilidade. Árvore mágica, na Índia Ocidental, seus frutos e flores são referenciados aos deuses do mar.


Laranjeira - Símbolo da fecundidade e do amor, como todas
as frutas de numerosos caroços. Na China antiga a oferta de laranjas às moças simbolizava um pedido de casamento.


Salgueiro - No Tibet, o Salgueiro representa a árvore central, ou
seja, a árvore da vida. Associado a rituais de magia; no norte da Europa, o salgueiro sempre aparecia em referência à religião antiga que pode se observar na própria semântica, a palavra Witch (feiticeira) e Willow(salgueiro).


Gameleira - Árvore sagrada dos Yorubás, conhecida no candomblé pelo nome de Iroko, deve ser plantada nos locais sagrados, dedicada no Brasil ao orixá Tempo. Com a madeira da Gameleira são esculpidos os recipientes denominados gamelas.

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